Vestibular-ENEM-Dissertação




SEQUÊNCIA DIDÁTICA
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Gênero: Dissertação






Adriana Cristina Trajano Marinho
Cristiana Coitinho
Ruthi Fautino





Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina: Mobilização dos saberes e ensino da língua, Na Especialização em Linguística Aplicada. Universidade Federal de Campina Grande.

Prof. Dr. Maria do Socorro Paz e Albuquerque




















FOLHA DE APROVAÇÃO





Prof. Dr. Maria do Socorro Paz e Albuquerque

– UFCG









MÓDULO I

Apropriação das características sócio-discursivas da dissertação


 Atividade 1 – Contexto de produção e o despertar da argumentatividade (2h/a)
Texto 1
Atividade oral: desenvolvimento sustentável e meio ambiente no Semiárido

·         Exposição do vídeo de abertura da II Expedição do Semiárido;(Geografia)

http://www.youtube.com/watchAtividade oral?v=4gDc9ZJwLa0&feature=player_embedded

Texto 1:


1 – Observe o cartaz da II Expedição do Semiárido  que compõe o concurso de redação e artigo científico e responda:
a) O que chama mais a sua atenção?
b) Descreva a imagem e a mensagem contida nele.
c)Diante do que estamos discutindo em sala de aula, pra você qual a importância da existências de concursos de redação na escola?
d)Você sabe o que é uma dissertação? Se sabe, quais as suas maiores dificuldades ao redigi-la?




MÓDULO II(1h/a)
·        Produção individual da primeira dissertação.

Objetivo:Identificar o que os alunos já sabem sobre o gênero dissertação e o que precisam assimilar.

TRABALHAR A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES DOS ALUNOS, DE SEUS ERROS E OBSTÁCULOS:
Observação: Os alunos já conhecem em sua maioria o artigo de opinião, no entanto oscilam entre dissertação e artigo, desta forma precisam reestruturar essa compreensão;
Ø Problemática confundir dissertação com artigo de opinião
MÓDULO II
Atividade 2 - Reconhecendo a diferença entre o  gênero artigo de opinião e a dissertação (2h/a)
Leia os textos que se seguem, procurando identificar qual é a finalidade ou objetivo dos autores ao escrevê-los e quais são as diferenças estruturais existentes neles.

Texto 2:     
A Rainha da Borborema receberá o Velho Chico de braços abertos
Aluna: Kelly Rayane Soares Cavalcanti
          Temos vivido dias de intensas discussões sobre a polêmica que envolve a transposição do rio São Francisco. Há uma crise conceitual notória, o momento é de completa reflexão. Precisamos descobrir os vários argumentos que sustentam essa polêmica e que transpassa séculos no Nordeste.
          A verdade é que os cidadãos nordestinos, e em destaque os cidadãos campinenses, já convivem com uma série de preocupações que envolvem o abastecimento de água e se preocupam com melhores condições de vida.
         Campina Grande precisa fazer uma análise, com atenção redobrada diante de alguns aspectos: não basta apenas querer a transposição, mas ela será suficiente, será realmente a solução ou será mais uma panacéia política?
         Por exemplo, de acordo com o engenheiro da equipe de coordenação técnica do projeto de transposição do rio São Francisco, Francisco Sarmento, há três razões para esse projeto ser feito, e são básicas e óbvias: a primeira é que há água sobrando no São Francisco; a segunda, que a região precisa de água para uso econômico; e a terceira, que a água é utilizada sem prejudicar a bacia do rio São Francisco. O fato é que sem a integração desse rio no Nordeste setentrional cerca de 12 milhões de brasileiros vão continuar com a espada do racionamento sobre sua cabeça, afirma Sarmento.
           No entanto, é bem verdade que atualmente há água sobrando no rio São Francisco, mas isso não significa que as águas do chamado “Rio da Integração Nacional” sejam inesgotáveis. Há um certo risco de esgotamento e desertificação desse patrimônio. E é verdade também que estamos precisando de água no Nordeste e especificamente em Campina Grande. Não podemos ficar com o posicionamento de alguns que consideram que se nós convivemos até hoje com a seca poderíamos continuar assim.
          Parece-me que a alternativa da utilização dos excedentes do rio apenas para uso comercial não é muito justa para com a maioria da população nordestina. Além disso, penso que devemos observar se as políticas que envolvem esse caso estão mais do lado econômico do que do hídrico e social desse projeto.
         Então, é preciso prestar atenção nas propostas, em quem será o verdadeiro beneficiário: se a população ou meia dúzia de corruptos. Afinal, tanto eu quanto os campinenses almejam que os responsáveis tomem medidas racionais e não que simplesmente joguem o rio diante de uma transposição movida por motivos políticos, mas que seja algo planejado paralelo à revitalização desse rio. Assim a Rainha Borborema receberá o Velho Chico de braços abertos.
Professora: Adriana Cristina Trajano Elias Escola: E. E. E. F. M. Severino Cabral Cidade: Campina Grande – PB


Texto 3:
“ÁGUA, CULTURA E CIVILIZAÇÃO”
          No mundo moderno, incrivelmente globalizado, ocorre uma tendência a valorização do lucro em detrimento a fatores de grande importância para a sobrevivência humana. Pois, a falta de água potável no futuro trará conseqüências hediondas. Mas, há uma cultura que pode ser formada através da educação ambiental nas escolas para as nossas crianças e, além do mais, o descaso de nossos governantes aponta para uma civilização em crise e em processo de autodestruição.
          Embora, o homem não tenha dado o valor devido à importância da água para sua subsistência. Estudiosos prevêem que daqui a 50 faltará água potável. Que ironia para o ser humano que vive em um planeta composto por 2/3 de água. Lembrando que 2% da água da terra é doce e o mais criminoso é que 5% dos 2% está poluída. Além da destruição de seu “habitat” natural, o aumento demográfico é absurdo, poluindo o que ainda resta, sem nenhuma ação governamental para conter esta realidade terrível e inevitável.
          Ainda com a falta de políticas públicas, contribuindo para esse descaso. Sem um processo de Educação Ambiental nada pode ser feito contra essa escassez. Preparar a cultura dos herdeiros da terra para essa mudança de postura, já entranhada dentro de nossos governantes que por não terem interesses políticos nada fazem, é essencial.
          Mesmo, diante dessas grandes civilizações que dominam o planeta, algumas que surgiram, ou tem como modelo, se organizarem perto dos grandes rios como vemos o Tigre, Eufrates, Amarelo, Nilo, Mississipi, Rio Grande, Amazonas e outros. Não foi mera coincidência, antes sim suas necessidades de vitalidade e de preservação de suas espécies. A água é vital para todos os seres vivos, é usada em rituais desde a antiguidade. Logo pode existir a humanidade sem seu líquido precioso que é a água.
         Assim, esse bem tão precioso, que para alguns pensadores da Grécia Antiga foi o princípio de tudo, só terá relevância, com preocupação no âmbito mundial, quando a catástrofe estiver pronta. Todos os dias os avisos são dados, com a natureza se rebelando, pó enquanto são os outros seres que estão entrando em extinção. Quando chegar a vez do bicho homem, só assim, ele irá se preocupar, mas já será tarde demais.
Texto de aluno analisado pela Uol.com. 05/04/11

1- Leia os textos com atenção e encontre os elementos do contexto de produção:
a)      Autores do texto e seu papel social:
Texto 2:___________________________________________________________
      Texto 3:________________________________________________________
b)      Os interlocutores e representação social:
Texto 2:_______________________________________________________
Texto3:_________________________________________________________
c)      Época e meio de circulação:
d)     Texto 2:_________________________________________________________
Texto 3:_________________________________________________________
e)      O papel social assumido influencia no posicionamento do autor? De que forma?
Texto 2:__________________________________________________________
Texto 3:__________________________________________________________
f)       Qual o posicionamento dos autores sobre o tema abordado?
Texto 2:______________________________________________________
Texto 3:_____________________________________________________


g) Qual argumento mais convincente, na sua opinião, que os autores utilizam?
Texto 2:_______________________________________________________________
Texto 3:_______________________________________________________________
h) Qual a finalidade ou objetivo:
Texto 2:_______________________________________________________________
Texto 3:_______________________________________________________________
2 - A que gênero textual pertencem cada um dos textos que você acabou de ler?
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3 – Todos os textos que você leu tratam de questões polêmicas? Em qual texto o autor apresenta uma questão polêmica, se utilizando de argumentos e  que pode ser considerado um artigo de opinião e qual pode ser considerado uma dissertação?
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Atividade 3-Apresentação da cartilha da nova delimitação do semiárido-Disciplina de Geografia.(2h/a)

Atividade 4- Reconhecendo o gênero dissertação (2h/a)

Texto:4

A verdadeira segurança hídrica do Semi-Árido nordestino

       Está claro que o Semi-Árido nordestino tem muita água. Nas represas e no subsolo, inclusive nos estados que sofrem com o fenômeno da seca. Faltam apenas políticas públicas que permitam acesso aos recursos hídricos.
Por João Suassuna*
             Em função de características geológicas, o Semi-Árido brasileiro tem cerca de 70% de sua superfície formada por um embasamento denominado, na linguagem geológica, de Escudo Cristalino. Nessa extensa área, a rocha que dá origem aos solos está praticamente à superfície, chegando a aflorar em alguns momentos. Isso faz com que, em anos de abundância pluviométrica, haja escoamentos superficiais intensos, causadores de enchentes como as verificadas no início deste ano, que causaram enormes prejuízos.
         Apesar de ser considerada uma das regiões semi-áridas mais chuvosas do planeta - a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estima volumes precipitados em sua superfície da ordem de 700 bilhões de m³/ano -, as descargas anuais de seus rios, em direção ao oceano, registram baixas infiltrações em seus aqüíferos (apenas cerca de 58 bilhões de m³) quando comparadas aos volumes anualmente precipitados.
         Essa desproporção é causada não apenas pelas características geológicas existentes, mas principalmente pela intensa evaporação. O potencial evaporimétrico da região é superior a 2.000 mm/anuais, numa região em que chove, em média, até 800 mm. Desse potencial escoado, o homem maneja cerca de 27 bilhões de m³/ano, conforme citação de Isaias Vasconcelos de Andrade, técnico aposentado da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no livro "Semi-árido: manejo da água, abastecimento, agropecuária na pequena bacia hidrográfica".
          Aldo Rebouças, hidrogeólogo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e exímio conhecedor das águas nordestinas, afirma, em seus trabalhos, que bastaria a extração de apenas 1/3 desse volume escoado (dos 58 bilhões de m³/ano) para se ter água suficiente para o abastecimento de toda população nordestina atual. Seeia o suficiente para atender cerca de 47 milhões de pessoas, com uma taxa de 200/litros/habitante/dia, além de irrigar mais de 2 milhões de hectares, com uma taxa de 7 mil m³/ha/ano. Na visão de Rebouças, existe água no Semi-Árido. Falta apenas o indispensável gerenciamento desse recurso para a satisfação das necessidades do seu povo.
           O intenso escoamento superficial existente no Semi-Árido motivou a construção de represas para a retenção do maior volume possível de água, impedindo ou dificultando a sua trajetória até o oceano. Diante da tarefa de maximizar o uso dessas águas, foram construídas na região, no último século, cerca de 70 mil represas (de pequeno, médio e grande porte), que acumulam um expressivo potencial volumétrico estimado em 37 bilhões de m³.
           É o maior potencial represado em regiões semi-áridas do mundo, conforme afirma Manoel Bomfim (ex-diretor regional do Dnocs e da Codevasf) em "A potencialidade do Semi-Árido Brasileiro". Segundo ele, há cerca de 14 a 15 mil represas plurianuais na região. Elas acumulam mais de 90% das águas existentes e suportam facilmente as grandes travessias estivais, mesmo com o uso continuado. Essas represas, garante Bomfim, não secam jamais.
           É fundamental se conhecer de perto a existência e a importância dessas represas para o abastecimento das populações e o poder regularizador que elas proporcionam às vazões dos rios represados. José do Patrocínio Tomaz, hidrogeólogo paraibano e professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), coloca, em seus trabalhos, que o poder regularizador das represas de Orós e Banabuiú, ambas plurianuais e localizadas no estado do Ceará. Segundo ele, as represas têm 1,9 e 1,6 bilhões de m³ de capacidade, respectivamente, e possuem poder regularizador de cerca de 11 e 10 m³/s, com 100% de garantia de uso, seja qual for o evento hidrometeorológico.
           Apenas a operação incorreta, com retiradas superiores à capacidade de regularização, ou a má gestão das bacias poderiam provocar o "secamento" dessas represas, prossegue Tomaz.
            Para que não haja dúvidas, quando se diz que a represa Castanhão, no Ceará, é portadora de 6,7 bilhões de m³, estamos nos referindo à capacidade volumétrica. Mas quando tratamos do poder regularizador dessa represa, impondo ao Rio Jaguaribe uma vazão de cerca de 28,52 m³/s, com 90% de garantia de uso - segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Ceará, de 2005 -, estamos nos referindo à disponibilidade hídrica. Notem que "m³/s" é unidade de fluxo, a qual, aliada a um determinado percentual de garantia de uso, resulta em fator de disponibilidade volumétrica dessa represa.
       Outra questão importante é o potencial hídrico existente no subsolo do Semi-Árido. Apesar de a grande maioria da geologia da região ser cristalina, onde não há possibilidades de reservas hídricas significativas de subsolo, não se podem desprezar as áreas de geologia sedimentária existentes na região.
    Cerca de 70% das águas nordestinas de subsolo estão localizadas nas bacias sedimentárias do Maranhão e do Piauí e os 30% restantes em nichos sedimentários específicos, espalhados por toda região. Segundo Bomfim, o potencial hídrico existente no subsolo do Nordeste é de cerca de 135 bilhões de m³. Desse total, estão sendo utilizados efetivamente, por intermédio de 90 mil poços tubulares perfurados, entre 800 e 900 milhões de m³.
         A grande maioria desses poços nunca recebeu equipamentos de bombeamento por meio de programas de abastecimento d´água e cerca de 40% deles encontram-se paralisados or diversas razões, menos por falta d´água. A esse respeito, Bomfim esclarece que o Nordeste pode explorar cerca de 20% de suas reservas subterrâneas (27 bilhões de m³/ano), sem queda de pressão, pois os poços são reabastecidos anualmente pelas águas das chuvas caídas e que são drenadas verticalmente para o seio da terra. Um poço tubular perfurado no aqüífero de uma bacia sedimentar gera de 100 a 400 mil litros por hora. Esse volume abasteceria uma cidade de 50 mil habitantes.
        Por meio da análise das disponibilidades hídricas das bacias do Nordeste setentrional, João Abner, doutor em recursos hídricos e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), concluiu que não há escassez. Seus estudos mostram que as bacias do Ceará, por exemplo, possuem uma disponibilidade hídrica de 215 m³/s. A população do estado só utiliza 54 m³/s. No Rio Grande do Norte, a disponibilidade é de 70 m³/s e só são utilizados 33 m³/s. Na Paraíba, um dos estados mais complicados em termos de fornecimento de água para sua população, a disponibilidade é de 32 m³/s e apenas 21 m³/s são efetivamente utilizados.
             Diante de toda essa riqueza hídrica no Semi-Árido é revoltante observar pessoas passando sede na região, resultado do descaso de nossas autoridades na elaboração e na condução de políticas públicas para o devido abastecimento da população. Faltam políticas que garantam o necessário acesso à água.
             Diante da precariedade do abastecimento, populações inteiras passam necessidade mesmo residindo a poucos quilômetros das fontes hídricas ou mesmo no entorno das principais represas nordestinas. Esse fato não ocorre apenas no ambiente próximo aos reservatórios, mas também próximo aos principais rios nordestinos, a exemplo do Rio São Francisco, que atravessa municípios desprovidos de abastecimento de água.
               Exemplo marcante é o da cidade alagoana de Traipu, que não tem água encanada na maioria de suas residências e possui um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDHs) do país. Como é possível a existência de um município em tais condições de pobreza, localizado às margens do principal rio nordestino? Isso mostra com clareza que a proximidade da água não é o fator principal de promoção do desenvolvimento, se não houver, por trás disso, políticas capazes de usufruir essa condição.
              Essa é uma das principais críticas feitas pelos movimentos sociais ao projeto de transposição do Rio São Francisco. A existência de municípios em suas margens inteiramente desabastecidos contrasta com a proposta faraônica de transporte de águas para o abastecimento das principais represas nordestinas, sabidamente para uso econômico, em especial do agronegócio. É possível verificar que, a poucos quilômetros dessas represas, muita gente passa sede e fome devido aos precários programas de distribuição de água existentes.
                Está claro que o Semi-Árido nordestino tem muita água. Faltam apenas políticas públicas que permitam acesso aos recursos hídricos. Nesse sentido, é chegada a hora de sentarmos à mesa para discutirmos qualquer gota d´água disponível na região, sob pena de colocar em risco toda e qualquer iniciativa de desenvolvimento que faça uso de água. Concretizadas essas discussões, o povo nordestino só terá a agradecer.

*é engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj

a) Quantos parágrafos há no texto?
b)Qual o parágrafo ou os parágrafos em que é feita a introdução?
c)Qual é a tese do autor?
d) Os parágrafos em que se constituem o desenvolvimento?
c)Os parágrafos que constituem a conclusão?
2.Após esse reconhecimento, classifique as sequências tipológicas existentes nesse texto e o classifique quanto ao gênero textual.
3.Além do uso de diferentes sequências  dissertativas. narrativas ou descritivas, como você pode observar, um gênero como esse pode ser feito por meio de diferentes procedimentos:
1. Comparação;
2.      Alusão histórica/apresentação de dados históricos os fatos de importância;
3.      Citação;
4.      Exemplificação;
  1. Oposição;
  2. Definição;
  3. Relações estabelecidas entre causa e efeito.

·         Agora os identifique esses procedimentos  no gênero, numerando-os conforme a ordem que se apresenta acima.

4.O gênero dissertativo pode apresenta dois tipos básicos de conclusão: a conclusão-resumo, que retoma as idéias do texto, e a conclusão-sugestão, em que são feitas propostas para a solução de problemas. Que tipo de conclusão o texto em estudo apresenta. Justifique.
5.Qual a variedade linguística empregada: culta formal, culta-informal, coloquial, popular ou regional?
6. Existem dois tipos de dissertação. Podemos falar em dissertação expositiva, em que se expressam ideias sobre determinado assunto, sem a preocupação de convencer o leitor ou ouvinte. Já a dissertação argumentativa implica a defesa de uma tese, com a finalidade de convencer ou tentar convencer alguém, demonstrando, por meio da evidência de provas consistentes, a superioridade de uma proposta sobre outras ou a relevância dela tão-somente. Sabendo disso classifique os textos número 3 e 4, ele são do gênero dissertativo expositivo ou argumentativo?Justifique.
Texto 3:________________________________________________________________
Texto 4:________________________________________________________________

Atividade 5: Como escrever esse tipo de redação?(2h/a)

http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u53.jhtm Acesso em: 05/04/11

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
A dissertação é o gênero de texto exigido dos vestibulandos na maior parte dos vestibulares do país. A professora Marleine de Toledo, formada em direito e letras pela USP, dá dicas sobre o assunto:

Como fazer uma boa dissertação?

         A dissertação exige amadurecimento no assunto tratado, conhecimento da matéria, pendor para a reflexão, raciocínio lógico, potencial argumentativo, capacidade de análise e de síntese, além do domínio de expressão verbal adequada e de estruturas linguísticas específicas.

Como começar uma dissertação?

           Normalmente, o aluno de redação manifesta sua angústia: "Não sei como iniciar". Não sabe como iniciar, porque não sabe como desenvolver e como concluir, simplesmente porque não organizou um plano. Nas palavras de Edivaldo M. Boaventura, "o plano é o itinerário a seguir: 'um ponto de partida', onde se indica o que se quer dizer, e 'um ponto de chegada', onde se conclui. Entre os dois, há as etapas, isto é, as 'partes' da composição. Construir o plano é, em última análise, estabelecer as divisões".

Como estruturar uma dissertação?

        No livro "Como Ordenar as Ideias", Boaventura resume muito bem aquilo que o bom-senso diz a respeito de todo o texto escrito: "A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber ordenar as ideias. E como se ordenam as ideias? Fazendo a previsão do que se vai expor". É preciso pensar nas partes do seu texto.

Como você resumiria essas "partes" da argumentação?

             A argumentação deve iniciar-se com a apresentação clara e definida do tema ou do juízo que se tem em mente e irá ser comprovado. A "segunda parte" da argumentação destina-se a oferecer as provas ou argumentos que confirmem a tese. É comum colocarem-se os argumentos em ordem crescente de importância. A "terceira fase" consiste em exibir contra-provas ou contra-argumentos e refutá-los, isto é negá-los. Na "última parte", ou síntese recapitulam-se os argumentos apresentados e conclui-se, com a reafirmação da tese.

Pode-se dizer que a argumentação é uma demonstração?

          Se um limite da argumentação é a dissertação expositiva, o outro é a demonstração. Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior, jurista e filósofo do direito, a demonstração fundamenta-se na ideia de evidência, que é a força perante a qual todo pensamento do homem normal tem de ceder. Assim, no raciocínio demonstrativo, toda prova consiste em uma redução à evidência. Já a argumentação abrange as "técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses" que lhes são apresentadas. Portanto, como dizem Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca em seu "Tratado da Argumentação - A Nova Retórica", não se deve confundir "os aspectos do raciocínio relativos à verdade e os que são relativos à adesão".

O que é dissertação argumentativa?

         Na verdade, há dois tipos de dissertação. Podemos falar em dissertação expositiva, em que se expressam ideias sobre determinado assunto, sem a preocupação de convencer o leitor ou ouvinte. Já a dissertação argumentativa implica a defesa de uma tese, com a finalidade de convencer ou tentar convencer alguém, demonstrando, por meio da evidência de provas consistentes, a superioridade de uma proposta sobre outras ou a relevância dela tão-somente.

Mais especificamente, o que é argumentação?

          Uma argumentação é uma declaração seguida de provas. Pierre Oléron define o ato de argumentar como: "método pelo qual uma pessoa - ou um grupo - intenta levar um auditório a adotar uma posição através do recurso a apresentações ou a asserções - argumentos - que visam mostrar a validade ou fundamento daquela".

Qual a diferença entre argumentação e dissertação?

               Nenhuma. A argumentação é uma dissertação com uma especificidade, a da persuasão. Dissertando apenas, podemos expor com neutralidade ideias com as quais não concordamos. Por exemplo, um professor de filosofia que não concorde com as ideias de Karl Marx pode expô-las com isenção, dissertando sobre elas. Mas se for um marxista convicto e quiser influenciar seus discípulos, tentará provar-lhes, com raciocínios coerentes e argumentos convincentes, que essas ideias são verdadeiras e melhores: estará, então, argumentando.

O que é preciso para argumentar?

              Para argumentar é preciso, em primeiro lugar, saber pensar, encontrar ideias e concatená-las. Assim, embora se trate de categorias diferentes, com objetos próprios, a argumentação precisa ter como ponto de partida elementos da lógica formal. A tese defendida não se impõe pela força, mas pelo uso de "elementos racionais" - portanto toda argumentação "tem vínculos com o raciocínio e a lógica", como disse Oléron na obra já citada.
Para elaborar a dissertação


A primeira providência é perguntar ao tema por quê?

Escolha duas ou três respostas, que serão utilizadas como argumentos no desenvolvimento.

Por exemplo:"O  que há no semiarido nordestino?."


1. Seca, fome ou desenvolvimento?

2. Qual o porquê do êxodo rural?

3. A seca no semiárido nordestino é uma questão natural, política ou social?.

Escritas as respostas, passaremos a pensar na introdução:

Introdução:

Para elaborar a introdução, pode-se reescrever o tema, reestruturando-o sintaticamente. Para isso, utilize suas próprias palavras, não apenas substituindo as do tema por sinônimos e apresente os três argumentos das respostas. Por exemplo:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Pronto. Eis aí um rascunho da introdução. Depois, passe-o a limpo, aprimorando-o, ou seja, melhorando sua estrutura sintática.

A introdução deve conter aproximadamente 5 linhas.

Desenvolvimento:

           O desenvolvimento da redação é a apresentação dos argumentos, cada um em um parágrafo diferente, utilizando elementos concretos, exemplos sólidos, que sejam importantes para a sociedade de um modo geral;
           No primeiro parágrafo do desenvolvimento da redação citada, argumenta-se sobre as causas e as conseqüências do seca, exemplificando.
           No segundo parágrafo, discute-se acerca das causas;  
          No terceiro parágrafo, apresenta-se ......

Cada parágrafo do desenvolvimento também deve conter aproximadamente 5 linhas.

Conclusão:

        A conclusão pode iniciar-se com uma expressão que remeta ao que foi dito nos parágrafos anteriores, tentando buscar uma solução ou resumir a proposta de tese. A ela deve seguir-se uma reafirmação do tema e um comentário sobre os fatos mencionados ao longo da dissertação. Por exemplo:
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



Atividade 6 – Organizadores textuais e aspectos linguísticos (4 h/a)

1.Releia os texto:3 e 4, observando a importância dos organizadores textuais na
constituição dos sentidos do texto:

a. Encontre no texto 3,  palavras ou expressões que servem para:
·         Introduzir uma idéia contrária ao que se afirma anteriormente
·         Adicionar argumentos.
·         Introduzir conclusão.
·         Acrescentar novos argumentos.
3. O autor  do texto 3  introduz um dos parágrafos com  a seguinte oração:    Ainda com a falta de políticas públicas, contribuindo para esse desças...”. Observe o pronome esse Ele está se referindo a quê palavra e consequentemente a que argumento anterior?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
4.No texto 4 O discurso está construído em primeira ou terceira pessoa? Qual o efeito causado por essa escolha?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Que sentidos os advérbios anualmente e facilmente dão ao texto 4?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Quais questionamentos são feitos pelo autor, no texto 3, e o que ele quer provocar
no leitor com esses questionamentos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________

7.Encontre, em cada período abaixo do texto 2, uma palavra enfatizadora e explique qual idéia
está sendo enfatizada e qual a sua classe gramatical:
a)      “...não basta apenas querer a transposição, mas ela será suficiente, será realmente a solução ou será mais uma panacéia política?”
_______________________________________________________________________________________________________________________________
b)      “ E é verdade também que estamos precisando de água no Nordeste e especificamente em Campina Grande.”
________________________________________________________________________________________________________________________________
8.      Observe as formas verbais grifadas nos fragmentos abaixo: (Texto 2)
·         “Além disso, penso que devemos observar se as políticas que envolvem esse caso estão mais do lado econômico do que do hídrico e social desse projeto.”
·         “...não basta apenas querer a transposição, mas ela será suficiente, será realmente a solução ou será mais uma panacéia política?”
a)Elas estão se referindo a que possibilidades?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b)Indique qual é a pessoa do discurso usada no primeiro fragmento e em qual gênero textual ela se sustenta?
_________________________________________________________________________________________________________________________
c)No segundo fragmento qual é o tempo verbal usado e qual a finalidade de seu uso na estruturação desse argumento?


9.      Agora observe os fragmentos do texto 3 e 4 : os verbos grifados:

·         “Mas, há uma cultura que pode ser formada através da educação ambiental nas escolas para as nossas crianças e, além do mais, o descaso de nossos governantes aponta para uma civilização em crise e em processo de autodestruição.”
·         “, resultado do descaso de nossas autoridades na elaboração e na condução de políticas públicas para o devido abastecimento da população. Faltam políticas que garantam o necessário acesso à água.
·        

a)Elas estão se referindo a que possibilidades?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b)Indique qual é a pessoa do discurso usada no primeiro fragmento e em qual gênero textual ela se sustenta?
_________________________________________________________________________________________________________________________
c)No segundo fragmento qual é o tempo verbal usado e qual a finalidade de seu uso na estruturação desse argumento?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________





MÓDULO III
Pesquisar para escrever
·        Buscar informações sobre a questão polêmica;
·        Relacionar informações universais com as realidades locais sobre o semiárido nordestino;
·        Socializar os resultados das pesquisas;
Fontes de pesquisa:
http://reda-umquestodeestilo.blogspot.com/2009/10/agyacultura-e-civilizacao.html
MÓDULO IV

·         Analisar e reescrever coletivamente uma dissertação de aluno:
ü  reorganização de parágrafo;
ü  eliminar ou incluir argumentos e informações;
ü  verificar o tipo de dissertação escolhido pelo aluno descritiva ou argumentativa; (se realmente ele faz essa distinção).
ü  observar os operadores lingüísticos;
ü  verificar a consciência ou inconsciência diante de determinados fatores lingüísticos como o uso dos verbos como articuladores do gênero dissertação.


MÓDULO V
Atividade 1 – Reescrita da dissertação
             Leia a sua dissertação com cuidado, verificando se ela contém as características essenciais, já estudadas e exigidas em sua produção. Observe se o texto traduz a sua opinião. Reescreva  alterando o que achar necessário, a partir dos seguintes critérios de avaliação:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO FINAL[1]:
1 – Adequação ao  tema e título
2 – Adequação ao contexto de produção de linguagem:
A questão discutida é mesmo controversa e de
relevância social?
Você, enquanto autor, se colocou como alguém que discute a questão racionalmente, considerou o leitor e o veículo de publicação do texto?
Considera que conseguiu atingir seu objetivo de dissertar sobre o semiárido  nordestino?
3 – Estrutura do texto:
Presença de uma contextualização adequada da questão discutida;
Explicitação da posição defendida perante a questão;
Uso de argumentos para defender a posição assumida;
Presença de uma conclusão adequada.
4 – Argumentação:
Seleção de informações relevantes.
Emprego adequado de organizadores textuais;
5 – Marcas linguísticas:
Emprego adequado de unidades coesivas (além dos organizadores textuais típicos da do gênero dissertação).
Adequação às normas gramaticais;
Legibilidade (aspectos da grafia, ausência de rasuras, formatação adequada do texto).
Atividade 2 – Digitação das dissertações produzidos pelos
alunos com envio para o professor de Língua Portuguesa e Geografia
Após reescrever sua dissertação, leia-o novamente. Está perfeito? Então, é o momento de digitá-lo, deixando-o pronto para ser divulgado no Concurso: II Expedição do Semiárido  e em setembro em nosso Sarau litarário.



Bibliografia:
FÁVERO, L. L. & KOCH, I. V. (1987). “Contribuição a uma tipologia textual”. In Letras & Letras. Vol. 03, nº 01. Uberlândia: Editora da Universidade Federal de Uberlândia. pp. 3-10.
MARCUSCHI, L. A. (2002). “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” In DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.
SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. (2004). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras
KOCH, Ingedore Grunfield Villaça.  Os operadores argumentativos. In: A inter-ação pela linguagem. 9ed.-São Paulo: contexto, 2004.
MENDONÇA, Márcia Rodrigues de Souza.  Análise Lingüística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: Português no ensino médio e formação do professor/Clécio Buzen, Márcia Mendonça (Org.): Ângela B. Kleimam... [et al.]. São Paulo.Parábola Editorial,2006.
PERRENOUD, Philipe. Organizar e dirigir situações de aprendizagem. In:Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.





[1] Vale salientar que a avaliação de cada aluno se deu de forma contínua, já que a partir da assiduidade dele durante todo o processo, primeira escrita do gênero, participações efetivas em discussões de sala de aula e pesquisas , tudo isso foi devidamente observado;